O futuro dos ativos na indústria cosmética, segundo a BASF, iniciativas por bem-estar e saúde mental e mais
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O futuro dos ativos na indústria cosmética, segundo a BASF, iniciativas por bem-estar e saúde mental e mais

por Manuela Aquino

A BASF é uma das principais referências quando se fala em inovação e pesquisa para o desenvolvimento de ativos cosméticos, além de soluções digitais de tendência e fabricação de produtos sustentáveis dentro da indústria química. Só no setor de cuidados pessoais e beleza, o portfólio tem mais de mil ingredientes e formulações que vão desde emulsificantes a filtros UV, e atendem gigantes como Estée Lauder, Natura e O Boticário. Em entrevista ao Belezinha, Anne Sato, gerente de marketing de personal care da BASF América do Sul, fala sobre processos de desenvolvimento e os próximos passos da indústria quando se trata de soluções e inovação. Confira:

Como funciona o departamento de desenvolvimento? Vocês trabalham com tendências ou pedidos específicos dos fabricantes diante da ideia de um lançamento?
Há um trabalho de co-criação entre os laboratório de P&D e aplicação no onono — que é nosso centro Experiências Científicas e Digitais, que funciona na sede da BASF, em São Paulo. Hoje ainda grande parte do nosso portfólio vem de outras regiões do mundo, mas há alguns anos estamos trabalhando em trazer desenvolvimento e inovações locais. Nosso mercado é muito diverso, no Brasil somos uma população muito miscigenada, e com isso temos um potencial grande aqui, principalmente para soluções. Nossos principais clientes são os fabricantes de cosméticos, mas para trazer inovações para eles também precisamos entender o consumidor final, por isso, monitoramos comportamentos e tendências, o que é um grande combustível. Já em outros momentos acontecem as demandas colaborativas, quando os clientes querem uma solução específica com determinado requisito. 

Há algum ativo que foi desenvolvido aqui? Como ele funciona e qual foi o processo?
Sim, o Cetiol®Extreme — um emoliente de média espalhabilidade que pode ser usado em produtos de cuidado com a pele e cabelo. Na BASF há um intercâmbio entre as equipes de diversos setores e havia na área de agro um ativo substituto para óleo mineral e que, pelas características, parecia ser uma opção interessante para cosméticos. Este é um grande potencial: conversar com outras unidades e trazer inovação de outras áreas para fazer este cross. A partir de pesquisas deste ativo, nasceu o Cetiol® Extreme como um produto alternativo ao silicone para produtos de cabelo e skincare. Ele não é um bioativo, faz parte da estrutura da formulação, e também não tem uma função de hidratação, mas sim de melhorar a experiência de uso, deixando o toque mais agradável. Por ser um produto de produção local, acaba impactando no preço e é mais sustentável, pois diminui a pegada de carbono ao ser uma alternativa ao óleo mineral.

Outro lançamento recente de vocês um ingrediente derivado do arroz com efeito mate. Considerando essa característica, acredita que é uma aposta para o mercado brasileiro, principalmente para produtos de pele?
Há um mês lançamos no mercado brasileiro o Verdessence™ Rice Touch, um tipo de produto modificador sensorial e absorvedor de oleosidade — aqui, já há ingredientes neste sentido, mas o fato desse ser de origem natural é o grande diferencial. Pela capacidade de absorver a oleosidade da pele, traz um efeito mate e também um sensorial diferente e, caminhando um pouco mais, podemos pensar em uma aplicação dele também em xampus secos e desodorantes com secagem mais rápida. Para o mercado brasileiro, onde boa parte das pessoas têm pele oleosa é algo muito buscado.

A BASF tem algumas soluções digitais, como a D’Lite. Como funcionam estes serviços?
É uma plataforma onde consolidamos diferentes possibilidades, dados e insights do mercado, em parceria com Euromonitor e Mintel. Conseguimos levar dados para consulta dos fabricantes para dados e produtos. Por meio de um monitoramento de comentários de redes sociais é possível ver a aceitação de um produto e, com isso, conseguimos fazer a conexão das demandas de mercado com novos desenvolvimentos. Em um passo além temos ferramentas de inteligência artificial que ajudam o trabalho dos pesquisadores, para monitorar e avaliar os ingredientes. No caso dos filtros UV, por exemplo, o EcoSun Pass dá uma espécie de nota que avalia a formulação e diz se ela é amiga do meio ambiente ou se impacta nos corais.

A indústria da beleza tem a sustentabilidade como uma preocupação grande, com as grandes empresas se propondo a cumprir metas grandes até 2030. Como a BASF trabalha com esta questão da sustentabilidade?
A sustentabilidade é uma questão muito importante para a BASF. A gente é a maior fornecedora no momento para indústria de cosméticos orgânicos, veganos e naturais seguindo as normas dos selos COSMO e NATRUE. São aproximadamente cento e trinta ingredientes aprovados pelo COSMOS e mais de cinquenta em avaliação de acordo com os critérios NATRUE. Temos desenvolvido soluções e alternativas para o mercado de produtos em barra. O mais recente é o Texapon® SFA UP Powder, um tensoativo que tem o poder de detergência de limpeza de espumação: vem num formato em pó que permite que se incorpore em uma formulação em barra de xampu e sabonete. Outro bom exemplo de ação sustentável, é o Projeto Rambutan, fruta que se parece com uma lichia cabeluda, oriunda de países asiáticos, como o Vitenã, da qual conseguimos extrair ativos de diferentes partes: um da semente que energiza o couro cabeludo e tira o odor da oxidação do sebo; um retinol like, extraído da folha, que atua como tratamento para a pele e outro ativo extraído da casca, que tem propriedades hidratantes. Conseguir trazer de uma planta mais de um ativo, aproveitando-a por completo, é extremamente importante para reduzir o impacto ambiental.

TOP 3

1. Carol Romero lança curso M.A.Q.U.IE.-S.E
Carol Romero, maquiadora expert em pele negra, comunicadora e autora do livro Dicas de Maquiagem para Pele Negra, apresenta seu curso de automaquiagem. Por meio da plataforma Hotmart, o M.A.Q.U.IE.-S.E traz 15 aulas (que podem ser adquiridas avulsamente) e pode tanto ser aproveitado por quem quer aprender tudo do zero, como por quem quer desenvolver habilidades específicas, como fazer esfumado, por exemplo. “Percebi que as pessoas têm dúvidas sobre automaquiagem que não são contempladas nos cursos tradicionais. Os cursos também acabam sendo longos e muitas pessoas não têm paciência, por isso a opção de dividir em aulas avulsas”, disse ao Belezinha. Entre as técnicas de Carol, que atua no mercado há treze anos, estão preparação de pele e de olhos, olho preto, contorno, além de boca degradê. O curso completo sai por R$ 907 reais e as aulas individuais, R$ 107 reais, cada. Após a compra, o conteúdo fica liberado para assistir quantas vezes quiser por 6 meses. Inscrições aqui.

2. Givaudan anuncia programa de bem-estar para idosos e lança ativo renovável
A Givaudan acaba de lançar um programa de bem-estar para o público mais velho baseado nos efeitos das fragrâncias no nosso organismo. O Programa Silver Radiance nasceu com base em uma pesquisa feita com mais de sete mil pessoas acima dos 55 anos em onze países para saber as necessidades relacionadas ao bem-estar para montar um portfólio exclusivo com ativos tecnológicos destinados a este público. Entre ele, o MoodScent, que tem ação revigorante, e o DreamScentz, que ajuda no sono e em um despertar mais ativo, segundo a Givaudan. Ainda sobre a gigante das fragrâncias, a área de inovação firmou uma parceria com a LanzaTech NZ especialista em transformação de carbono para desenvolver fragrâncias sustentáveis

3. Maybelline anuncia treinamento sobre saúde mental para universitários
Em uma parceria com a The Jed Foundation, a marca do grupo L’Oréal, criou o Brave Talk. Focado no público universitário, é um treinamento gratuito desenvolvido por especialistas em saúde mental para que os alunos tenham habilidade de ajudar e apoiar colegas que estejam com questões e orientá-las na busca por tratamento. O piloto do Brave Talk começará na Universidade de Nova York este mês e depois segue para outras faculdades dos Estados Unidos, com projeção de ir para outros locais no mundo todo. Esta iniciativa da Maybelline tem como base o programa Brave together, lançado dois anos atrás, que tinha como objetivo desmistificar a saúde mental com quebra de tabu sobre temas como ansiedade e depressão, por exemplo. 

E mais…

Neste Outubro Rosa:

. Monange, marca do Grupo Coty, está com a campanha  #EuMeCuidoAssim com a proposta de unir autocuidado com o autoexame – o “Hidrata Exame”. Produziu mais de dezenove mil unidades de sachê com o hidratante da linha Detox e Firmador Q10 que serão distribuídas em três ações, como na 6ª Pedalada e Caminhada Rosa do Instituto de Quimioterapia e Beleza (IqeB).

. Pantys e Simple Organic uniram forças neste mês para ajudar pacientes oncológicas em situação de vulnerabilidade social: 5% das vendas da calcinha biquíni rosa e do óleo Rosa Mosqueta serão doados ao Instituto Protea, que atua com mulheres de baixa renda provendo exames, consultas, tratamentos e cirurgias. 

. Neste mês, 20% das vendas do Kit Reese Witherspoon, da Biossance, será destinada à ONG Américas Amigas com o objetivo de realizar mamografias gratuitamente para 120 mulheres em Cuité, na Paraíba. 

. Com o objetivo de trazer esclarecimentos e auxiliar mulheres acometidas por câncer, principalmente câncer de mama, a recuperarem sua autoestima e terem mais prazer e conforto na sua intimidade, Lilit & Feel fechou parceria com a plataforma WeCancer para realizar, durante este mês, oficinas e lives informativas. No aplicativo da WeCancer será possível se cadastrar para rodas de conversas mais pessoais sobre o assunto. Haverá também descontos para compras de produtos de bem-estar sexual

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