Wellnes só para membros: o hype dos clubes de bem-estar
Longevidade

Wellnes só para membros: o hype dos clubes de bem-estar

por Redação Belezinha

foto: Remedy Place (divulgação)

Nos últimos anos, as práticas de bem-estar deixaram de ser apenas individuais para se tornarem espaços de socialização. Se antes vida social e networking significavam happy hours, jantares e co-workings exclusivos, a tendência agora é que, entre os Gen Z que bebem e saem menos à noite, e os millennials estressados e ansiosos, o ponto de encontro não seja mais o bar, mas os contatinhos pós-aula de pilates.

De acordo com um relatório da Dezon em parceria com Rahal/Sachs, os esportes estão deixando de girar apenas em torno da performance para se tornarem vetores de comunidade — um processo acelerado pela pandemia, quando a solidão fez crescer a busca por coletividade em movimento. Não à toa, temos acompanhado o boom de clubes de bem-estar: espaços luxuosos só para membros que oferecem cuidado médico, masterclasses, soroterapia, juice bars e experiências fitness em ambientes que passam longe da academia ou do consultório tradicional.

Dos principais exemplos está o Moss, que, segundo a Forbes americana, está previsto para ser inaugurado ainda este ano em Nova York. Concebido como um clube de intelligent leisure e “cultura física”, o projeto combina programas de fitness e longevidade com ambientes para socialização e criatividade. Escavado a 20 metros abaixo de Manhattan, terá dois andares dedicados ao wellness e outros dois com biblioteca-bar, estúdio de gravação, piano lounge e salas privativas. Outro exemplo é o Othership — que oferece aulas guiadas em saunas coletivas para até 70 pessoas, além de experiências de imersão em água fria em unidades em Toronto e Nova York. À publicação, disse Emily Bent, cofundadora do Othership, que esses espaços são ideais para quem não quer escolher entre vida social e saúde. “Muita gente se sente presa entre sair para beber ou ficar em casa sozinha. É justamente essa lacuna que os clubes de bem-estar estão preenchendo, criando um terceiro espaço onde as pessoas podem se conectar de forma real, sem álcool ou tecnologia no caminho”.

Além da socialização
Outro ponto que sustenta essa transformação é a busca por atividades restauradoras como novo padrão de saúde. A busca por práticas como terapias de contraste (frio e calor), crioterapia, drenagem linfática, banhos de gelo e luz vermelha são cada vez mais populares para quem busca longevidade.

Entre os exemplos está o Remedy Place, em Nova York. Entre os serviços, banhos de gelo, compressores linfáticos, saunas, sessões guiadas de respiração e o programa Meridian, que utiliza até 600 biomarcadores, além de testes de VO₂ máx, taxa metabólica de repouso e suplementos personalizados. Já o THE WELL, também nos Estados Unidos, reúne spa completo, clínica médica, estúdio de fitness, wellness café, espaços de meditação, biblioteca e uma programação de eventos.

Em Londres, o Lanserhof at The Arts Club une medicina preventiva, longevidade e bem-estar em um espaço que integra acompanhamento médico, programas personalizados baseados em exames laboratoriais, nutrição de precisão, fisioterapia, biohacking e rotinas de fitness de alto nível. Já no Brasil, o recém-inaugurado Kontrast, no Jardim Paulistano, em São Paulo, combina práticas regenerativas como sauna e banhos de gelo com experiências coletivas. Os planos começam em R$ 790 por mês, em um pacote anual.

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