Dormir, pelo menos, 5 horas por noite é essencial para manter boa saúde após os 50 anos, diz pesquisa
Saúde

Dormir, pelo menos, 5 horas por noite é essencial para manter boa saúde após os 50 anos, diz pesquisa

por Redação Belezinha

Que dormir é essencial para a nossa saúde e bem-estar, a gente já sabe. Mas, sabia que cinco horas é o tempo mínimo de sono que devemos ter, especialmente após os 50 anos? Segundo um estudo recente realizado no Reino Unido, dormir menos de cinco horas por noite, pode aumentar os riscos de condições crônicas em pessoas nessa fase da vida — de acordo com publicação da BBC, evidências de que o sono ajuda a restaurar o corpo e a mente existem, mas ainda não está claro por que especificamente cinco de horas de sono é importante.

No estudo foram analisados cerca de 8 mil participantes que responderam quantas horas de sono costumam ter em média por semana ou que usaram relógios de pulso para monitorarem o sono. Ao longo de mais de vinte anos, todos foram examinados levando em consideração condições crônicas, como diabetes, artrite, doenças cardíacas e câncer. E a conclusão foi: quem tinha por volta de 50 anos e dormia cinco horas ou menos por noite apresentou um risco 30% maior de doenças do que quem dormia sete horas, por exemplo.

Para os pesquisadores, que reconhecem algumas limitações dos dados relatados pelos participantes (o que torna tudo mais subjetivo), essas descobertas apoiam a ideia de se manter uma boa higiene do sono na prevenção de problemas de saúde.

Por que dormir é importante?
(por Danielle Sanches)

Assim como comer ou respirar, o sono é um processo vital para o ser humano: além de repor as energias gastas durante o dia, é durante o repouso que o corpo regula a função de hormônios essenciais para o funcionamento do corpo. É o caso, por exemplo, das substâncias que ajudam a criar a sensação de saciedade.

Pele, ossos e musculatura também precisam do sono para se recuperarem: já há estudos ligando um risco maior de fraturas e desenvolvimento de osteoporose por privação de sono (o que impediria que o esqueleto fosse reparado).

Mas é no cérebro que os efeitos da privação de sono ficam mais evidentes. Isso porque a insônia acaba sendo muito sentida na área neurológica e psicológica. “A memória e o aprendizado são modulados pelo sono, bem como o nosso humor”, afirma Alan Luiz Eckeli, professor do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

O sono é responsável por regular o funcionamento do sistema límbico, conhecido como o nosso “cérebro emocional”. Sem isso, acabamos ficando mais irritados, impulsivos e impacientes, prejudicando até mesmo nossa capacidade de sentir empatia.

A parte neurocognitiva também fica prejudicada: sem dormir, temos menos capacidade para memorizar e aprender, dificuldades para resolver problemas e até a linguagem fica comprometida. “Um indivíduo sem dormir vai ter um repertório menor de palavras na hora de se comunicar”, finaliza Eckeli.

Como dormir melhor
Para quem sofre com insônia, o primeiro passo é sempre procurar diagnóstico e ajuda de um especialista. Dito isso, também é importante criar uma rotina, regulando as atividades do dia e da noite. Definir um horário para dormir e acordar todos os dias é uma boa ajuda para guiar o cérebro nesse processo. Saiba mais aqui.

Para ajudar quem sofre acordado, tem muito mais sobre sono e as indústrias de beleza e bem-estar no episódio Belas Adormecidas do podcast Ciao, Bela. Olha só:

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