Na era do sexual wellness, onde assuntos como saúde íntima, masturbação e educação sexual são cada vez menos tabus, é surpreendente que o cheiro vaginal ainda seja tratado como um grande problema. Sobre essa contradição, a revista Allure publicou uma reportagem especial destacando como o microbioma vaginal deve ser a próxima fronteira dos suplementos, mesmo em um mercado já saturado de sabonetes, lenços e lubrificantes que respeitam a flora e o cheiro natural da mulher. Segundo a publicação, o mercado de produtos de “higiene feminina” deve crescer de US$ 9 bilhões em 2024 para quase US$ 16 bilhões em 2034. Produtos e promessas de melhora do odor ou equilíbrio do pH vaginal já chegaram ao TikTok, com muitos à base de ácido bórico — um composto químico solúvel em água com propriedades antissépticas e antimicrobianas, que, em uso indevido, pode prejudicar o equilíbrio bacteriano da região, como explica a ginecologista Kameelah Phillips. Marcas como Azo, Nutrablast e Honey Pot vendem cápsulas com ácido bórico.

Especialistas também comentam que, com tantos fatores que desregulam o microbioma vaginal e a atenção crescente dada a ele nas redes sociais, não é surpresa o surgimento de diversos probióticos para “restaurar a flora” e “equilibrar o pH”. Porém, apesar de algumas mulheres relatarem melhora no tratamento de infecções fúngicas ou vaginose bacteriana, médicos alertam que não há evidências científicas suficientes para considerá-los uma solução única. Até o momento, não existe indicação aprovada pela FDA para probióticos vaginais. “A maioria dos produtos que vimos é feita com bactérias que não são derivadas da vagina e não ocorrem naturalmente nela”, afirmou Ina Schuppe Koistinen, pesquisadora de microbioma no Instituto Karolinska, na Suécia, indicando que esses probióticos podem ser ineficazes.

A reportagem destaca duas marcas que usam cepas probióticas derivadas da vagina: Seed e Bonafide, que apresentaram testes de eficácia. Ara Katz, da Seed, ressalta que “a saúde vaginal tem sido historicamente mal compreendida e negligenciada, resultando em lacunas de dados, cuidados abaixo do ideal e falta de inovação”. O produto VS-01 da Seed, segundo estudo, estabeleceu um “microbioma vaginal ideal” em 90% das participantes dentro de um ciclo menstrual, após ensaios clínicos com mais de 400 mulheres.

Ainda que o boom do bem-estar sexual tenha revolucionado a categoria de cuidado íntimo, assim como nossa relação com a vagina e o sexo, ainda é preciso prestar atenção para não fomentar idealizações de como vulva e vagina deveriam parecer nem encarar o cheiro da natural da região como um problema a ser corrigido.

Fontes: Allure e CNN

TOP 3

1. Unilever estreia nova categoria de produto com pesquisa inédita
Unilever estreia no Brasil All Body Deo, linhas de desodorantes para o corpo (em versões aerosol e creme) dentro do portfólio das marcas Dove, Dove Men + Care e Rexona. Em parceria com a Datafolha, a Unilever fez um estudo sobre a relação com os odores corporais e hábitos de higiene pessoal. Feita com 2002 pessoas a partir de 16 anos, em todas as regiões do país, a pesquisa mostra que 89% dos brasileiros usam desodorante nas axilas diariamente e 75% se incomodam com mau cheiro em qualquer parte do corpo. Revelou também que 31% relatam sentir mau cheiro mesmo após tomar banho. Ainda com relação ao cheiro: 28% já se sentiram desconfortáveis para ir a compromissos profissionais e 14% evitam praticar exercícios físicos. ”Quando escutamos o consumidor brasileiro, fica evidente o interesse por soluções que eliminem o mau odor em todo o corpo”, disse Viviane Ramos, Diretora de Marketing de Desodorantes da Unilever.

2. A fusão da Skala e Lola From Rio
Com faturamento conjunto de cerca de R$ 2 bilhões e presença em mais de 70 países, as duas marcas se unem para formar um dos maiores grupos no segmento de cabelos. Tanto Lola From Rio (antiga Lola Cosmetics) como Skala continuam operando de forma independente, e passam a dividir infraestrutura, distribuição e investimentos. Os fundadores da Lola passam a integrar o conselho do novo grupo que terá Luis Delfim como CEO e Pedro Taguchi à frente da Lola. “Unimos nossa capilaridade e capacidade de distribuição com a criatividade e inovação da Lola, mantendo o foco no consumidor e em uma beleza acessível, consciente e sustentável, além de genuinamente brasileira”, disse Luis. A Skala cresceu de 30% ao ano nos últimos oito anos e as vendas internacionais mais de 20% do faturamento No ano passado, a investidora Advent International adquiriu participação de controle na empresa. E a Lola From Rio multiplicou seu faturamento mais de seis vezes nos últimos seis anos. A operação ainda aguarda aprovação do CADE.

3. O primeiro sabonete de uso único da Natura
A linha Ekos Castanha, acaba de lançar o primeiro sabonete monodose para as mãos. Enriquecido com óleo bruto de castanha, a novidade ainda tem na fórmula ômega-6 e ômega-9, e para usar basta molhar e pressionar as laterais que o sabonete dissolve completamente. O produto é 100% livre de plástico. Já conhecida como sendo pioneira em sustentabilidade, Ekos lançou no ano passado um creme concentrado de castanha com frasco refilável, feito 100% com plástico retirado dos rios da Amazônia, e que gera 20% menos gases do efeito estufa na atmosfera. Meses atrás a Natura revisitou sua Visão 2050, lançada há dez anos com metas que a tornem uma uma empresa fundamentalmente regenerativa até 2050. Uma das iniciativas em Ekos é a cadeia da linha Cacau, que aproveita o fruto de maneira total e envolve 189 famílias no Pará num projeto de geração de renda com uso sustentável de bioativos.

E mais:

. Começa hoje (16/6) a venda dos produtos de cabelo da Isima, marca da cantora Shakira. A linha é composta por oito produtos especialmente para as cacheadas com a tecnologia “TriModal Method” que trata couro cabeludo, córtex e cutícula.

. Mais uma movimentação bilionária na indústria da beleza: A L’Oréal adquiriu participação majoritária da Medik8, em um acordo estimado em €1 bilhão.A marca britânica de skincare é conhecida por suas fórmulas altamente tecnológicas e será incorporada à divisão de luxo.

. Para o São João, Natura Tododia e Havaianas fazem parceria e lançam um kit com hidratante e body splash em uma nova fragrância (Maçã Caramelada e Baunilha), além de chinelo vermelho e pin em formato de maçã. A venda será diferente em cada marca: na Natura, na mecânica “compre e ganhe” e na Havaianas, a compra de chinelo e kit de pins dá direito a uma miniatura do hidratante.

. A L’Oréal segue investindo em Inteligência Artificial e desta vez é para fazer futuramente embalagens hiper realistas em larga escala. A gigante da beleza anunciou uma parceria com a start-up francesa Omi que será integrada ao laboratório de conteúdo GenAI da L’Oréal, o Creaitech.

. A Granado inaugurou uma pop up temporária na La Samaritaine, em Paris, pelo Ano Brasil-França, que comemora 200 anos de relações entre os países. Fica aberta até 25/8 e quem comprar a partir de 100 euros receberá uma ecobag exclusiva da marca para a ocasião.

. O Grupo Laces realizou um evento para selecionar projetos sustentáveis que poderão representar o Brasil na COP30, em Belém. A iniciativa, liderada por Cris Dios e Itamar Cechetto, começou no Bioma Nezita, em Santa Catarina, onde apresentou critérios da ONU. O Laces, que já participou de conferências como COP27 e COP28 foi convidado pela ONG britânica RTCC ((Real Time Climate Change) para ser curador da delegação brasileira.

. Bella Campos é o novo rosto da L’Oréal Paris. O anúncio da chegada da atriz ao time da marca foi feito nas redes sociais em um vídeo com Taís Araújo. Elas também estarão juntas na campanha que irá ao ar no segundo semestre deste ano 2025. Bella também fará parte do Stand Up, programa de combate ao assédio em espaços públicos.

. Até 29/06, a Wella Professionals contará com uma pop-up no Shopping Eldorado, em São Paulo, para a divulgação do Ultimate Recair Night Serum. O espaço inclui experiências como análise de saúde capilar, drinks temáticos e brindes personalizados.