O buquê da vez
Fragrância

O buquê da vez

por Vânia Goy

Fragrância é uma coisa super pessoal, que a gente tem que amar muito, combinar com a personalidade, com a atitude daquele dia e tal. Mas às vezes é dureza resistir às embalagens que (principalmente) as marcas de moda colocam no mercado e deixam os nossos olhos brilhando!

Quatro das atuais favoritas não só são deliciosas, frescas e femininas como também enfeitam qualquer penteadeira. A edição limitada do 212, de Carolina Herrera, chamada Surf Summer (R$ 269, 60 ml), tem essa roupinha tropical que deixou fãs da fragrância enlouquecidas no lançamento. A mais recente de Marc Jacobs, Daisy Dream (R$ 199, 30ml), é um jardim fofura sem fim. Ambas frescas e inofensivas pro dia a dia. Outra belezinha é a Dolce (R$ 219, 30 ml), de Dolce & Gabbana. A tampa imita uma rosa perfeita e derrete corações de saída. Fresca e encorpada, é perfeita para quem gosta de flores brancas e fragrâncias mais intensas.

Mas a melhor de todas é a Roses de Chloé (R$ 340, 50 ml). Usei o eau de parfum da marca durante anos e tenho uma tendência a gostar de qualquer coisa que eles lancem. O Dênis Pagani, do 1nariz, é dos que diz que a Chloé de fato faz perfumes bem acima da média. E a resenha de hoje é sobre ele, para a nossa alegria!

“A linha Chloé é boa para ilustrar os vários jeitos de abordar um mesmo assunto e porque ele ainda continua na pauta. O assunto é a rosa. L’Eau de Chloé renova o gênero chipre usando o código contemporâneo, com nada de musgo de carvalho e o patchuli que se quer hoje: limpo, sem acenar pra loja hippie, fazendo a espinha dorsal. Para contrastar, vale pegar Clinique Aromatics Elixir, que é o correspondente clássico do acorde rosa + patchuli. (Aliás: Aromatics in White, que chega aqui em maio, faz o mesmo só que com mais almíscar, no caminho de Narciso Rodriguez for Her.)

Roses de Chloé parte do Chloé tradicional para a direção de leveza. A mesma rosa frutada, que lembra lichia, só que nada doce (glória!). É transparente, com madeiras muito leves e um acorde verdoso, úmido como maçã, dizendo do talo rugoso, do frescor da planta. Mas passa longe do aquático ou do puro frescor, a sensação em geral é seca e sem peso. O final é com almíscar bem suave, fazendo a ligação com a pele, sem exageros talcados, e tanto melhor assim. Se L’Eau é um clássico feito hoje, aqui a vontade é de um floral moderno.”

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