A expansão da Braé com a linha Stages, logística reversa e mais
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A expansão da Braé com a linha Stages, logística reversa e mais

por Manuela Aquino

Com lançamentos precisos e um squad de celebridades e influencers, a Braé está cada vez mais pop. A marca lançada em 2015 chegou ao mercado com um portfólio pensado em atender todas as etapas de quem descolore os fios (da proteção a recuperação) com aval de profissionais de salão. Quase 10 anos depois, Braé lança Stages, linha com preços mais acessíveis em busca de um novo momento de expansão.

Stages tem preços mais acessíveis (de R$ 50 a R$ 89) do que o portólio clássico de Braé e contou com investimento de R$ 10 milhões e 8 meses de desenvolvimento, segundo Vivian Artigas, diretora de marketing. “Precisamos de awareness e capilaridade para tornar a marca muito mais conhecida. Desenvolvemos uma linha para atender outras necessidades para o maior número de pessoas e também de um target mais jovem”, diz. Para o processo de testes, idas e vindas de salões e protocolos, foi investido R$ 1 milhão. Além dos cabeleireiros parceiros da marca, o produto passa pelo aval final do embaixador Eron Araujo.

Com o crescimento desta e de outras frentes de produtos, a Braé pretende faturar R$ 200 milhões neste ano e chegar a R$ 1 bilhão nos próximos cinco. Além dos lançamentos e novidades para variados tipos de cabelo, a marca investe na expansão dos pontos de venda. Além do e-commerce, Stages será vendida em redes de farmácia e lojas de departamento, como Renner e C&A. Para atingir vários tipos de público também haverá investimento para abertura de “beauty centers” em shoppings. “A consumidora tem um atendimento personalizado e, se não conhece a marca, vai entender o que precisa, onde quer chegar. Procuramos locais de grande circulação e que tenham fit com a Braé. Temos cinco pontos em funcionamento e serão mais dez até o fim do ano”, conta Vivian. A Braé também pretende investir em outras categorias, como já foi feito no ano passado com o lançamento do perfume corporal Braé for Her. “Skincare é uma das categorias que pretendemos trabalhar”, adianta Vivan.

TOP 3

1. L’Oréal investe em tecnologia que mede sustentabilidade no ponto de venda
O grupo adotou a EcoDesignCloud, da Eviden, para colaborar com as metas de sustentabilidade. A ferramenta consegue medir a pegada ambiental dos materiais promocionais e de ponto de venda ao longo do seu ciclo de vida. O sistema utiliza a metodologia da Pegada Ambiental do Produto (PEF), reconhecida internacionalmente, que analisa 16 pontos de critérios, incluindo emissões de CO2. Por enquanto, 24 marcas da divisão de luxo estão usando o sistema para reduzir o impacto ambiental no varejo. “As avaliações iniciais ajudaram a conceber exibições de luxo e presentes de compra com design mais ecológico”, disse Cyril Chapuy, presidente da L’Oréal Luxo. A meta do grupo é ser carbono zero em toda sua rede até 2050.

2. Logística reversa: Pantys e Simple Organic
O projeto de logística reversa da Pantys foi batizado de Pantys Circular e conta com coleta de produtos absorventes nas lojas físicas e descontos para próxima compra. Os resíduos dos produtos serão, segundo a marca, transformados em energia limpa. “Até o fim do ano, a meta é arrecadar quatro toneladas”, disse Maria Eduarda Camargo, sócia fundadora da Pantys. “A intenção é que os produtos sejam sustentáveis desde o processo de fabricação, como na escolha de materiais, até o final, fornecendo um descarte correto”, disse Emily Ewell, também sócia fundadora da Pantys. Já a Simple Organic se uniu ao Programa de Logística Reversa e Reciclagem do Reciclo Beleza para reciclagem pós-consumo: serão instalados pontos de coleta de embalagens nas lojas e haverá um recolhimento e direcionamento do montante para associações e cooperativas do programa a cada quatro meses.

3. A pauta ESG do Grupo Boticário atualizada
O Grupo Boticário apresentou na semana passada os resultados de seu 12º Relatório ESG e a evolução de seus Compromissos para o Futuro (lançados em 2021). “A atualização foi meticulosa e debatida em todas as áreas, transversalmente”, disse Carolina da Costa, líder e membro independente do Comitê ESG. No texto, quando se fala em mudança climática, por exemplo, as metas de descarbonização não haviam sido especificadas e agora se alinham com a iniciativa Science Based Target (SBTi), que irá avaliar as evoluções no tema. A circularidade também ganhou novidades: 95% de reciclagem dos resíduos logísticos e industriais e utilização de material reciclado nas embalagens de 11% para 30%. Desenvolvimento social também está presente, o tema diversidade foi ampliado para fora da empresa com o compromisso de tê-la também em quem compra, comercializa e comunica os produtos. Hoje, na comunicação das marcas, há 47% de pessoas negras, 17% LGBTQIA+ e 2,5% de pessoas com deficiência.

E mais:

. Unilever recebe o título de Creative Marketer of the Year no Cannes Lions 2024. Reconhecimento é dado pela organização para anunciantes que apresentam, consistência em soluções de marketing e trabalho criativo. Destaque para a campanha de 20 anos da “Real Beleza”.

. Natura anuncia novos embaixadores: a cantora Iza, para as marcas de cuidados pessoais, e o jogador da seleção Endrick, para a categoria de perfumaria e cuidados pessoais masculinos.

. Dior nomeia Charlize Theron como nova embaixadora dos produtos de skincare. Além disso, a atriz, que já é a cara do perfume J’Adore há vinte anos, vai também fazer as campanhas de joias da marca de luxo.

. Chanel registra US$ 20 bilhões em vendas em 2023, um recorde para a marca. Maquiagem foi uma das categorias que mais impulsionaram o crescimento, segundo a Chanel, com a volta do consumo no varejo de viagem e o crescimento nos mercados locais. Hoje, a marca está com 600 butiques pelo mundo.

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