A pesquisa de O Boticário sobre bem-estar sexual, a possível venda da The Body Shop por Natura & Co e mais
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A pesquisa de O Boticário sobre bem-estar sexual, a possível venda da The Body Shop por Natura & Co e mais

por Manuela Aquino

Prazer feminino é o tema da pesquisa que O Boticário acaba de divulgar. Realizado em parceria com a consultoria Think Eva, o estudo “Prazer e Mulheres” chama atenção pelo seguinte dado: 6 em cada 10 brasileiras não se dedicam a explorar o próprio prazer por conta de múltiplas jornadas, estresse e até falta de informação sobre o assunto. A pesquisa quantitativa, feita em todo o Brasil com 2 mil entrevistadas com idades entre 18 e 60 anos, aponta que ainda é preciso caminhar muito para que o acesso à educação sexual e práticas de bem-estar sexual, como a masturbação, não sejam mais tabus. A intenção da marca é que a partir destes dados seja possível colocar o prazer feminino em pauta para as consumidoras. “Fazer beleza vai muito além de oferecer um portfólio robusto de produtos. Entendemos a relevância que o bem-estar e o prazer trazem para a autoestima de nossas consumidoras”, disse Bruna Buás, Diretora de Marketing do Boticário, no lançamento dos resultados do estudo.

A pesquisa também mostra que 22% das mulheres ouvidas têm pouco conhecimento sobre o próprio corpo e 32% não souberam dizer o que eram zonas erógenas — o que mostra a importância do debate sobre saúde sexual, considerada um dos pilares de uma boa qualidade de vida. No entanto, há também dados positivos, que mostram uma melhora na discussão do tema: 40% dizem saber o que gostam ou não na hora do sexo, e o número sobe para 50% entre as mais maduras. A autoestima, o momento de vida e a relação com o corpo são itens que influenciam a sexualidade, de acordo com os dados revelados. A vida seria mais prazerosa sem os padrões de beleza para 24% e 30% se sentem mais abertas ao prazer quando estão se sentindo bem consigo mesmas. 

Prazer, saúde íntima e bem-estar sexual são temas abordados por cada vez mais marcas, que passaram a tratar disso de maneira aberta e natural da mesma forma como se fala de skincare, cuidados com o cabelo e mais. Além dos lançamentos de sexual wellness, como velas aromáticas que viram óleo de massagem, lubrificantes hidratantes e vibradores, veio a percepção de que os produtos precisavam vir atrelados à discussões sobre o assunto. Lá fora, por exemplo, a Womanizer, dona do vibrador sugador, há quatro anos realiza uma pesquisa sobre masturbação. Neste ano, o estudo descobriu que a diferença de masturbação entre homens e mulheres (o “masturbation gap”) cresceu de 36% no ano passado para 38,57%. Já por aqui, a Quem Disse, Berenice?, por exemplo, lançou em maio deste ano, após uma pesquisa geracional da Consumoteca que mostrava maior abertura do tema entre a Geração Z, a Prazer, Berê, linha de autocuidado e bem-estar atrelada ao mote de incentivas a consumidora a se conectar com o próprio corpo de forma prazerosa, leve e divertida. Pesquisas e iniciativas como essas não só ajudam a elucidar o tema, promover debates e a entender o comportamento de consumidores, como estimulam o mercado de bem-estar sexual, que deve chegar a US$ 110,33 bilhões até 2030, de acordo com a Zion Market Research.

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1. Depois de Aesop, Natura &Co anuncia que pode vender The Body Shop
Depois de Aesop, Natura &Co anuncia possibilidade de venda da The Body Shop. Esta semana, o conselho administrativo do grupo deu aval para que a diretoria busque alternativas estratégicas para rentabilizar a marca inglesa, o que deixa a venda da mesma liberada. De acordo com publicação do jornal Valor Econômico, este deve ser o caminho pois Natura &Co definiu a contratação do Morgan Stanley para a venda da The Body Shop, que foi comprada há 6 anos por 1 bilhão de euros. Segundo avaliação do Itaú BBA, a marca inglesa poderia ser negociada por R$ 3,2 bilhões atualmente, um valor menor do que o da ocasião da compra em 2017. The Body Shop faturou no ano passado 4,4 bilhões, um valor 24% menor do que em 2021.

2. Estée Lauder inova com uso de IA generativa em parceria com Google
Em parceria com Google Cloud, Grupo Estée Lauder inova com uso de IA generativa — aquela que pode gerar imagens, textos e outras mídias como respostas a solicitações feitas em linguagem comum, como é o caso do ChatGPT — nos sites de suas marcas. A tecnologia torna possível o monitoramento em tempo real das impressões, sentimentos e feedback do consumidor, o que é uma super ferramenta para a melhora da experiência de quem compra. Junto à essa tecnologia, o grupo usa o recurso PaLM 2, também do Google, que funciona com texto para entender o consumidor em canais como mídias sociais.

E mais:

. La´fora, Lancôme anuncia uma parceria inédita com o Museu do Louvre para criação de uma nova coleção de skincare e maquiagem. A collab Lancôme x Louvre é inspirada em nove obras-primas da escultura e nas luzes e cores do icônico museu parisiense.

. A Chanel criou uma lanchonete estilo retrô, no Brooklin, em Nova York, para divulgar a fragrância Chance Eau Fraîche Eau de Parfum. Todo decorada nas cores azul claro e verde água, como o perfume, o espaço conta com um menu recheado de opções de fragrâncias, além do convite para uma experiência de 30 minutos em que é possível encontrar os aromas que mais combinam com seu estilo.

. O Grupo L’Occitane agora é uma Corporação B certificada, que assegura ao mercado que a empresa está seguindo medidas sustentáveis com resultado, como redução de lixo, proteção da biodiversidade e mudanças climáticas.

. Eudora e Camila Queiroz lançam collab Eudora GLAM by Camila Queiroz. Composta por uma paleta de sombras, máscara de cílios e dois kits com gloss e contorno labial, a linha de make é a primeira assinada pela atriz, que já havia feito trabalhos com a marca.

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