Futuro: a volta da Contém 1g ao mercado, iniciativas sustentáveis e outras notícias
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Futuro: a volta da Contém 1g ao mercado, iniciativas sustentáveis e outras notícias

por Manuela Aquino

foto: Contém 1g (divulgação)

Não conhecer a Contém 1g era algo improvável para os amantes de maquiagem no começo dos anos 2000. Entre os nomes disponíveis no mercado, o nome era sinônimo de variedade em sombras, batons com diferentes texturas e cores, todos os item para cílios e sobrancelhas e uma qualidade que impressionava quem consumia make gringa. Até encerrar as atividades em 2018.

Passados cinco anos, a boa notícia é que a marca acaba de ser recuperada pelas mãos de Julia Petit, co-founder e CCO da Sallve já conhecedora e usuária da Contém (como os íntimos a chamavam). Com a consultoria de Daniele da Mata, que é especialista em desenvolvimento de produtos e grande conhecedora de maquiagem e pele, o portifólio inicial volta ao mercado com trinta produtos. São itens com cores que funcionam na pele e nas fotos e cujo feedback será dado pela comunidade Contém 1g, que segundo Julia, continua firme e forte, e será escutada com muita interação. A seguir, em entrevista ao Belezinha, Julia conta mais sobre este novo projeto.

Como surgiu a ideia de trazer de volta uma marca que estava fora do mercado há alguns anos?
Quando a gente soube que estava em leilão, eu sabia que era um tesouro e precisava tentar comprar essa marca. Isso, pois anos atrás ao fazer conteúdo de maquiagem, era a a única marca que dava para usar pau a pau igual com as marcas gringas. A maquiagem era muito inexpressiva por aqui até a escalada da Contém em 2008 e 2009. Tinha e ainda tem uma comunidade muito ativa e que adora a marca. Não havia uma enorme verba de marketing e eles mandavam os produtos para as criadoras de conteúdo do YouTube testarem. E eu sempre falava que era a única que ficava em pé de igualdade com muita qualidade ao lado das marcas gringas. Então eu sabia que tinha produtos incríveis, um legado de inovação e que merecia voltar.

Como foi a construção dessa nova fase da marca?
Junto com a equipe, fomos entender qual é a cara desse branding. A Contém era uma marca que queria ser de luxo. Pensamos: como trazer essa marca incrível, com aquela cara do final dos anos 90, começo dos anos 2000, para a cara do luxo hoje? Precisávamos prepará-la para o futuro. Já com relação a fabricação, diferentemente da Sallve, que os produtos são formuladas aqui, há diferentes fornecedores de lugares muito diferentes. Tem várias coisas que são formuladas dentro da Sallve sim e outras de fornecedores no mundo de acordo com as especialidades. Isso é muito claro em maquiagem, cada país tem sua excelência.

Qual a diferença da contém dos anos 2000 para a Contém de agora?
A marca continua com o mesmo conceito de inovação, qualidade, gama de cores e fixação. Uma das principais diferenças é que a marca hoje é 100% vegana. Então isso faz com que a gente mude qualquer fórmula que queira trazer de volta ou que a comunidade goste muito. A gente tá trazendo a Contém 1g para o futuro, as coisas são pensadas não só com relação a pigmentação e quantidade de produto na aplicação, mas também com questão de conforto e até um efeito ótico para fotografia.

O objetivo da Sallve é virar um grupo com marcas diversas e independentes entre si?
Sim, o objetivo é virar esse grande grupo de beleza da nossa geração. Há aqui no Brasil uma tradição de grupos incríveis de beleza e queremos trazer esse novo grupo com vários segmentos diferentes. A Contém também faz parte desse projeto, pois a ideia não é lançar novas marcas, mas renovar as antigas que merecem uma nova encarnação. Chegamos agora na maquiagem olhando para outros segmentos para crescer onde a nossa comunidade precisa que a gente cresça.

TOP 3

L´Oréal investe na Digital Village
Quatro milhões de dólares é o valor que o fundo de capital de risco da L’Oréal, BOLD, e o British Fashion Council colocaram no desenvolvedor Digital Village, plataforma de tecnologia dedicada a mundo virtuais emergentes — isto significa web3, metaverso e sua turma do momento. Segundo o WWD, o financiamento será usado para aprimorar os recursos da plataforma, adicionando novas ferramentas para potencializar o desenvolvimento do mundo 3D, personalização avançada de avatar e criação de loja virtual para permitir que marcas e criadores ofereçam experiências virtuais imersivas. Evelyn Mora, fundadora e diretora executiva da Digital Village, definiu a tecnologia que eles vão colocar em prática como “a próxima evolução do varejo”. E Camille Kroely, chefe do metaverso e diretora da Web3 da L’Oréal, declarou que as soluções desenvolvidas a partir do investimento irão facilitar a imersão das marcas do grupo no mundo da web3. No ano passado, a L’Oréal fez parceria com a plataforma de avatar cross-game Ready Player Me e levou Maybelline e L’Oréal Professionnel para o metaverso.

Em Davos, WWF anuncia a criação de uma ferramenta de controle de sustentabilidade
Para ajudar empresas e investidores a entender seu risco na biodiversidade, o WWF (World Wide Fund for Nature) desenvolveu uma ferramenta on-line disponível gratuitamente: o Filtro de Risco de Biodiversidade do WWF. Em 2017, já haviam lançado uma ferramenta sobre o risco e controle para uso e desperdício de água. Esta nova ferramenta combina informações sobre os locais das operações de uma empresa e de sua cadeia de suprimentos com mais de 50 dos melhores conjuntos de dados globais tais como ecossistema e escassez de água. Analisados e sobrepostos, os dados fornecem a avaliação sobre as operações e a cadeia da empresa. No lançamento em Davos, na Suíça, o WWF mostrou que a ferramenta ajudará grandes empresas multinacionais a visualizar os locais e áreas operacionais onde elas têm alto risco e assim, através de uma avaliação interna mais profunda, traçar os mecanismos e oportunidades de mudanças mais favoráveis à biodiversidade.

Estudo da IFF mostra potencial de arbusto mediterrâneo para sinais de estresse
A International Flavors and Fragrances divulgou um estudo recentemente mostrando o potencial do extrato de Cistus incanus contra o estresse relacionado ao processo de envelhecimento. E o que isso tem a ver especificamente com a indústria da beleza? Acontece que não é a passagem dos anos que influencia na nossa pele, mas o estresse cotidiano também. Os pesquisadores do estudo do IFF selecionaram a Cistus incanus, como foco de suas pesquisas para tentar encontrar alguma solução para este tipo de estresse. Este arbusto mediterrâneo tem compostos polifenólicos com propriedades antioxidantes e tem sido usado em medicamentos como um agente anti-inflamatório para tratar inclusive cicatrizes e outras condições na pele. A pesquisa não foi concluída ainda, pois os cientistas preparam uma nova etapa para que haja um estudo mais aprofundado para demonstrar o uso tópico do extrato para o envelhecimento impulsionado pelo estresse. Aguardemos.

E mais:

. Além do endereço da Natura na Rua Oscar Freire, em São Paulo, Biome, marca de produtos em barra da Natura, agora está presente nos shoppings Pátio Higienópolis e Eldorado.

. A Mustela escolheu a uma nova fibra de origem natural, o Lyocel — feita a partir de celulose de florestas sustentáveis — para a composição de seus novos lenços umedecidos, que tem 97% de ingredientes de origem natural.

. ANVISA suspende sete pomadas modeladoras para cabelo por descumprimento de normas sanitárias. Veja a lista.

. De olho na gen Z, a A Dior nomeou Jimin, membro do BTS, como seu novo embaixador global.

. Coty e Jil Sander renovam parceria de dez anos e, segundo Sue Y. Nabi, CEO da Coty, a estratégia daqui pra frente se concentrará nas fragrâncias ultra-premium.

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